Por diferentes caminhos, todos deram testemunho de fidelidade ao Evangelho da Cruz. São fontes de inspiração não só para nós passionistas, mas para toda pessoa disposta a viver plenamente a proposta de Jesus Cristo.
SÃO CARLOS HOUBEN
Carlos de Santo André (João Andre Houben) nasceu em Munstergeleen (Holanda) a 11 de dezembro de 1821. Entrou para o noviciado passionista de Ere (Bélgica) no ano de 1845, tendo emitido os votos religiosos a 10 de dezembro de 1846. Ordenado sacerdote em 21 de dezembro de 1850, foi destinado, em 1852, à nova fundação passionista da Inglaterra, onde o Beato Domingos Barberi, tinha trabalhado pelo regresso dos irmãos separados à fé católica.
Seguindo o exemplo do Beato Domingos, trabalhou incansavelmente pelo bem dos fiéis e pela unidade da Igreja, antes na Inglaterra e depois na Irlanda, onde faleceu a 5 de janeiro de 1893.
Homem de grande vida interior, ao estilo do Fundador, distinguiu-se mais do que pela pregação, pelo apostolado das bênçãos e do sacramento da reconciliação.
Foi beatificado pelo papa João Paulo II (1988) e canonizado por Bento XVI (2007).
Sua data litúrgica é 5 de janeiro.
SÃO GABRIEL DE NOSSA SENHORA DAS DORES
Nasceu em Assis, Itália (mesma cidade de São Francisco) no ano de 1838. Foi batizado com o nome de Francisco Possenti. Era filho de uma filha abastada. Seu pai Sante Possenti, alto funcionário do Estado Pontifício, depois de vários cargos, é nomeado assessor em Spoleto e para lá transfere-se com toda a sua família.
Exatamente, quando estudava em Spoleto, conheceu o fascínio do mundo. Tem um ótimo desempenho escolar e frequenta com prazer a alta sociedade. Sente-se também atraído e fascinado pela vida religiosa, mas ama os divertimentos, frequenta salões de dança e teatros e lê romances com voracidade.
No entanto, atraído pelo chamado de Deus, decidiu deixar tudo para ingressar na Congregação da Paixão de Jesus Cristo. A sua vida religiosa consistiu em realizar o modelo de uma existência crucificada para o mundo, plenamente aberta a união com Deus e na prática das virtudes cristãs, particularmente a humildade e a obediência. Distinguiu-se pela sua devoção a Nossa Senhora das Dores, a marca característica da sua espiritualidade.
Morreu em Isola del Gran Sasso, a 27 de fevereiro de 1862. Junto do seu sepulcro, ergue-se agora um grandioso santuário. Foi canonizado por Bento XV (1920); em 1926 foi declarado co-padroeiro da Juventude Católica Italiana. É também padroeiro dos estudantes passionistas.
Sua data litúrgica é 27 de fevereiro.
SANTA GEMA GALGANI
Nasceu em 12 de março de 1878 em Camigliano, Luca, na Toscana, Itália. Sua feliz infância acabou aos 7 anos de idade com a morte da mãe. Gema cuidou dos seus sete irmãos. Poucos anos depois, morreu também o pai.
Na mais angustiosa miséria, sofreu de uma longa e dolorosa doença, da qual foi curada, milagrosamente, por intercessão de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores.
Pobre e órfã, foi acolhida na casa do cavaleiro Mateus Giannini, onde teve uma vida muito escondida, tranquila e obediente ao diretor espiritual, Pe. Germano. Teve fenômenos místicos, que seus concidadãos consideraram loucuras. O demônio lhe aparecera até na forma humana do seu confessor. Outras vezes lhe aparecera como um anjo luminoso. Fora, porém, frequentemente, confortada pela companhia de Cristo, da Virgem Santíssima e do Anjo da Guarda.
Tinha o dom dos estigmas. Ela mesma contou, por obediência, o acontecimento: “Estávamos na tarde de 8 de junho de 1899, quando, de repente, sinto uma dor interna dos meus pecados… Apareceu Jesus. Tinha todas as feridas abertas; mas daquelas feridas não mais saía sangue, saíam chamas de fogo, que vieram tocar nas minhas mãos, nos meus pés e no meu coração. Eu me senti como morta”. As chagas abertas reapareciam todas as semanas das 20 horas de quinta-feira às 15 de sexta-feira, acompanhadas de êxtase.
Nesta união íntima com Jesus Crucificado foi uma vítima de amor e de dor, abrasada de ardente zelo pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas.
A doença dos ossos que a atingira na meninice voltou a atormentá-la atrozmente. Entendeu então que o seu calvário estava terminando. Em sua humildade, porém, julgava não ter pagado ainda com a moeda do sofrimento o privilégio de ter sido associada à paixão de Jesus Cristo. Morreu aos 25 anos, aos 11 de abril de 1903. Era a manhã do sábado santo, o Sábado de Aleluia.
Ela foi beatificada pelo Papa Pio XI (1933). Canonizada pelo Papa Pio XII em 1940, tornou-se assim a primeira mulher santa do século XX. A principal festa de Santa Gemma Galgani, segundo o calendário litúrgico, é a de 11 de abril, dia de sua morte; embora na diocese de Lucca e para a Congregação Passionista, por concessão especial da Santa Sé, seja celebrada em 16 de maio, em razão da sua beatificação. Na realidade, foi beatificada em 14 de maio. Mas, neste dia é celebrada a festa do apóstolo São Matias. Já no dia 15, a festa é de Nossa Senhora de Montenero, padroeira da Toscana. Então, sua festa ficou para o dia 16 de julho.
Sua data litúrgica é 11 de abril para a Igreja em geral e 16 de maio para a diocese de Lucca e Congregação Passionista.
SÃO VICENTE MARIA STRAMBI
Nasceu no dia primeiro de janeiro de 1745, na cidade de Civitavecchia, Itália. No dia 9 de dezembro de 1767, aos 22 anos, no retiro de São Miguel Arcanjo, conheceu Paulo da Cruz. No dia 19 de dezembro de 1767 foi ordenado sacerdote diocesano. Pouco tempo depois, entrou para a Congregação Passionista. Em 24 de setembro de 1768, iniciou o noviciado e fez sua profissão religiosa na mesma data do ano seguinte.
Como padre passionista, promoveu entre o povo a vida cristã com a pregação da paixão de Cristo, percorrendo quase toda a Itália. Escreveu livros sobre a piedade popular, principalmente sobre a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus, do qual era grande devoto. Distinguiu-se como diretor espiritual.
Eleito Bispo de Macerata e Tolentino, promoveu, com seu zelo apostólico, a reforma do clero e do povo, demonstrando-se autêntico pastor do seu rebanho. Nas reviravoltas políticas do seu tempo, foi intrépido defensor da liberdade da Igreja, preferindo o exílio a prestar juramento ilícito de fidelidade às usurpações napoleônicas. De volta à sede episcopal, brilhou ainda mais por sua solicitude pastoral e grande caridade para com os pobres.
Chamado a Roma pelo Papa Leão XII como conselheiro papal, morreu em 1º de janeiro de 1824, oferecendo a sua vida pelo Papa gravemente enfermo.
Foi canonizado em junho de 1950 pelo Papa Pio XII. Em 1957, seus restos mortais foram transladados para Macerata, onde se encontram hoje.
Sua data litúrgica é no dia 24 de setembro (data de sua profissão religiosa na Congregação Passionista).
SANTO INOCÊNCIO CANOURA ARNAU
Natural de Santa Cecília do Vale do Ouro na Espanha. Nasceu a 10 de março de 1887. Aos 15 anos ingressou na Congregação passionista. Após o noviciado, fez a profissão religiosa em 27 de julho de 1905 e foi ordenado sacerdote em 20 de setembro de 1913. Desempenhou com muita dedicação o seu ministério em várias comunidades de sua Província (Preciosíssimo sangue).
No dia 5 de outubro de 1934, irrompeu na Astúria, noroeste da Espanha, uma cruel perseguição comunista contra a Igreja. Pe. Inocêncio, juntamente com outros oito irmãos lassalistas, foi preso nesse mesmo dia. No dia 9, tendo os comunistas decretado a morte de todos eles, foram levados em fila rumo a um cemitério onde foram fuzilados e enterrados em uma cova comum. Após 12 dias foram exumados, reconhecidos e receberam uma digna Sepultura cristã.
No dia 21 de novembro de 1999, na Basílica de São Pedro em Roma, o P. Inocêncio Canoura Arnau e os oito irmãos, mártires de Turón, foram proclamados santos pelo papa João Paulo II.
Sua data litúrgica é no dia 09 de outubro.
SANTA MARIA GORETTI
Maria Goretti (Marietta, como viria a ser chamada) nasceu em Corinaldo, Itália, em 16 de outubro de 1890. Sua infância foi de muito trabalho junto de sua mãe nos afazeres domésticos.
Seus pais eram camponeses muito pobres. Mas, de uma pobreza vivida com fé e dignidade. O pai passava o dia inteiro cuidando da terra. A mãe trabalhava em casa cuidando dos filhos. O terreno que a família tinha em Corinaldo já não dava mais para o sustento da família. Fora preciso partir para novas terras.
Chegaram a Paliano, Marietta estava com 4 anos de idade. Após 4 meses, o pai, Luigi, morria. A vida se fez mais difícil. A família de Goretti trabalhava para um fazendeiro rico, mas recebia muito pouco. Os filhos mais velhos começaram a ajudar na lavoura. Marietta assumiria os trabalhos de casa, para sua mãe enfrentar a dureza da roça.
Em 1900, após 4 anos em Paliano, a família se transferiu a Nettuno. Marietta está com 10 anos de idade. Em junho de 1901 recebeu a primeira Comunhão. Com a Eucaristia tornou-se mais forte. A mãe se preocupava muito com Marietta, pois estava crescendo num ambiente de miséria, e pela redondeza, os jovens e os adultos se entregavam ao vício da bebida. Marietta era uma adolescente doce, cheia de bondade e, sobretudo, inteligente.
No vilarejo ‘Le Ferreire’, a violência, a maldade e a imoralidade foram se tornando vez mais brutais. Havia um jovem, Alessandro, que rodeava Marietta com segundas intenções. Fez uma primeira tentativa de possuir a menina. Marietta resistiu e conseguiu fugir. Mas não teve mais sossego. Marietta não queria preocupar a mãe, já tão preocupada com o sustento da família.
Na tarde de 5 de julho de 1902, Alessandro, aproveitando-se que todos estavam trabalhando na roça, foi até a cozinha onde Marietta estava sozinha, ameaçou a jovem que lutou desesperadamente para não se entregar às paixões do jovem. Numa última tentativa, Alessandro, totalmente alucinado, pegou o punhal… foram 14 golpes. Marietta morreu no dia seguinte, no hospital de Nettuno, após ter perdoado seu assassino.
Marietta foi canonizada por Pio XII em 1950. A mãe participou da celebração. Os passionistas, que encaminharam os processos de beatificação desta Virgem e Mártir, guardam zelosamente os seus restos mortais que se veneram no Santuário de Netuno, entregue ao seu serviço.
Sua data litúrgica é no dia 06 de julho.
BEATO DOMINGOS DA MÃE DE DEUS
Nasceu a 22 de junho de 1792, perto de Viterbo, Itália. Aos 22 anos acolheu o chamado de Deus e deixando o trabalho do campo, entrou na Congregação passionista, onde revelou extraordinárias qualidades de inteligência e coração. Fez sua profissão religiosa no dia 14 de novembro de 1814, e em 1818 foi ordenado sacerdote. Seu zelo pastoral e sua compaixão pelos pobres se destacou sobretudo durante a epidemia da peste que atingiu as cidades de Ceprano e Falvaterra.
Em 24 de maio de 1840 partiu para a Bélgica, onde fundou o convento de Ere. Em 26 de novembro de 1840 chegou à Inglaterra onde, em 17 de fevereiro de 1842, fundou o primeiro convento passionista. Desempenhou um fecundo apostolado, cujo fruto mais significativo foi a entrada na Igreja Católica do futuro Cardeal, e hoje santo, João Henrique Newman.
Dedicou-se com empenho ao ensino, ao ministério da palavra, à direção espiritual e escreveu muitos textos filosóficos e teológicos, de ascética e mística, como também sermões, fruto de muitos e profundos estudos, longas reflexões e elaborações interiores.
Domingos faleceu piedosamente em Aston Hall no dia 27 de agosto de 1849. Foi beatificado por Paulo VI em 27 de outubro de 1963.
Sua data litúrgica ocorre em 26 de agosto (antecipada porque dia 27 de agosto é dia de Santa Mônica).
BEATO EUGÊNIO BOSSILKOV
Nasceu em Belene, na Bulgária no dia 16 de novembro de 1900. Ingressou no seminário da Congregação, província Mãe da Santa Esperança, com apenas 11 anos em sua pátria. Foi depois enviado para as casas passionistas da Bélgica e Holanda para completar seus estudos. Fez o noviciado em Ere, Bélgica e, então, adotou o nome de Eugênio do Sagrado Coração. Concluídos os estudos teológicos, foi ordenado sacerdote em 25 de julho de 1926. Seguidamente foi para Roma, onde, em 1932, doutorou-se em teologia no Pontifício Instituto Oriental.
Regressou à Bulgária em 1933. Depois de vários anos de serviço pastoral como pároco em Russe e Badarski-Gheran, foi consagrado bispo de Nicópolis em 1947. Era muito conhecido e amado em todo o país.
A Bulgária vivia, então, sob o domínio do regime stalinista. Dom Eugênio foi preso no auge da repressão desse regime, iniciada, em 1944, contra os cultos religiosos, principalmente contra a Igreja Católica. Foram proibidos feriados religiosos, manifestações fora das igrejas e obras sociais dos católicos romanos; foram também fechadas as escolas, os hospitais e orfanatos.
O bispo Eugênio, para defender a fé e a liberdade de seu povo búlgaro, opunha-se energicamente às normas do governo comunista. Foi preso em julho de 1952 e negou-se a aceitar aquela lei especial de desobediência à Santa Sé. A polícia política do regime stalinista búlgaro acusou-o de subversão e espionagem por conta da Igreja de Roma. A sentença de morte foi ditada em 3 de outubro de 1952. Dom Eugênio, após ser torturado, morreu fuzilado na madrugada do dia 11 de novembro do mesmo ano, em Bulgária.
Numa das últimas cartas que enviou da prisão antes de morrer, para um dos seus amigos ortodoxos, escreveu: “Não vos preocupeis comigo; eu estou assistido pela graça de Deus e permaneço fiel a Cristo e à Igreja”.
Oficialmente, foi dado como desaparecido. Nem mesmo a família obtinha informações de seu paradeiro. No anuário pontifício, aparecia, ainda, como o bispo de Russe em 1975. Só naquele ano a notificação da morte foi dada oficialmente pelo governo búlgaro e depois confirmada com o acesso aos arquivos e ao relatório do fuzilamento.
Eugênio Bossilkov foi beatificado em 15 de março de 1998, numa cerimônia solene presidida pelo Papa João Paulo II na Basílica de São Pedro, em Roma, quando foi proclamado “primeiro mártir do século XX da Europa do Leste”, morto em nome da fé e da fidelidade ao Papa.
Sua data litúrgica é no dia 13 de novembro.
BEATO BERNARDO MARIA SILVESTRELLI
O Beato Bernardo Maria de Jesus (César Silvestrelli) nasceu em Roma em 7 de novembro de 1831, da nobre família Silvestrelli Gozzani. Foi batizado no mesmo dia e crismado em 7 de junho de 1840. Ordenado sacerdote no Monte Argentário a 22 de dezembro de 1855, fez a Profissão Religiosa em 28 de abril de 1857 no Noviciado de Morrovale, onde teve como companheiro o futuro São Gabriel de No Senhora das Dores. Muito cedo foi designado para desempenhar importantes serviços na Congregação: diretor de estudantes, mestre de noviços, superior, consultor provincial e Superior Geral entre os anos 1878-88 e 1893-1907.
Defensor intrépido do espírito da Congregação em circunstâncias particularmente difíceis, imprimiu um grande impulso à Congregação passionista no mundo. Sob a sua luminosa e vigilante orientação, foram fundadas seis novas Províncias e reorganizadas as que tinham sido postas à prova pela supressão governativa em Itália e França. Sendo de família rica, colocou toda sua herança familiar a serviço da Congregação.
Tendo renunciado ao generalato, recebeu, por vontade do Papa, o título vitalício de Superior Geral honorário. Retirando-se para Moricone, na Sabina, ali morreu vítima de uma queda em 9 de dezembro de 1911, com 80 anos de idade. Foi beatificado por João Paulo II em 16 de outubro de 1988.
Sua data litúrgica é no dia 09 de dezembro.
BEATO LOURENÇO MARIA SALVI
O Beato Lourenço Maria de S. Francisco Xavier (Salvi) nasceu em Roma a 30 de outubro de 1782 e morreu em Capranica (VT) em 12 de junho de 1856. Professou a Regra dos Passionistas em 20 de novembro de 1802, sendo ordenado sacerdote no dia 29 de dezembro de 1805. Foi um Superior diligente, mas a nota característica da sua vida foi a de missionário itinerante, no seguimento do Fundador, São Paulo da Cruz, e à dedicação incansável ao apostolado da Infância de Jesus, cuja devoção difundiu por toda a parte com a palavra, o exemplo e através de numerosos escritos.
Foi beatificado por Sua Santidade João Paulo II em 1º de outubro de 1989. Os seus restos mortais são venerados na igreja passionista de São Miguel Arcanjo, de Vetralla.
Sua data litúrgica é no dia 12 de junho.
BEATOS NICEFORO TEJERINA E 25 COMPANHEIROS
Os Beatos Nicéforo de Jesus e Maria e 25 companheiros, mártires de Daimiel (Cidade Real, Espanha), selaram heroicamente, com o sacrifício das suas vidas, a sua consagração a Deus na Congregação passionista. Arrancados à força da casa de Daimiel na noite de 21 para 22 de julho de 1936, foram assassinados em cinco grupos e em datas e lugares diferentes.
Para a comemoração litúrgica da sua festa escolheu-se o dia 23 de julho, data em que foi martirizado o primeiro grupo de seis Religiosos, encabeçado pelo Superior provincial, Beato Nicéforo de Jesus e Maria (Diez Tejerina). Por coincidir essa data com a festa litúrgica de Santa Brigida, Padroeira da Europa, a comemoração dos nossos mártires foi transferida para o dia 24 do mesmo mês.
São os primeiros mártires da Congregação beatificados por João Paulo II, em 1o de outubro de 1989.
Sua data litúrgica é no dia 24 de julho.
BEATO ISIDORO DE LOOR
Isidoro De Loor, na Congregação com o apelido religioso “de São José”, nasceu a 18 de abril de 1881 em Vrasene, Flandres Oriental, diocese de Gand (Bégica). Filho de camponeses, amou apaixonadamente o trabalho do campo e a ele se dedicou até que, chamado por Deus aos 26 de idade, entrou para o noviciado passionista de Ere, como Irmão.
Após a Profissão religiosa, emitida em 13 de setembro de 1908, desempenhou, em várias comunidades, aqueles serviços mais próprios da condição de Irmão, vivendo uma intensíssima vida de oração e penitência, conforme o espírito passionista.
Em 1911 foi-lhe extraído o olho direito, afetado por um grave tumor. Pela sua caridade e simplicidade, unidas a uma grande diligência e recolhimento de espírito, atraiu a atenção dos seus irmãos de Congregação e dos fiéis que o conheceram.
Vítima de pleurite e câncer, depois de um mês de sofrimento atroz, faleceu em outubro de 1916, com 35 anos de idade e oito de vida religiosa, chamado por todos “o bom Irmão” e “o irmão da vontade de Deus”. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 30 de setembro de 1984.
Sua data litúrgica é no dia 06 de outubro.
BEATO GRIMOALDO SANTAMARIA
Grimoaldo da Purificação (civilmente Fernando Samtamaria) nasceu em 4 de maio de 1883 em Pontecorvo (Frosinone, Itália), sendo o mais velho de cinco irmãos. Inscrito na Confraria da Imaculada, ainda adolescente, desenvolveu um fecundo apostolado entre os seus jovens companheiros.
Em 6 de março de 1900 emitiu a Profissão religiosa passionista. Mas, transcorridos apenas dois anos desde a sua profissão, enquanto se preparava para o sacerdócio no convento de Ceccano, foi afetado por uma meningite aguda, a adormecendo no Senhor em 18 de novembro de 1902, tal como em vida já o tinha predito, invocando a Virgem Maria e, “felicíssimo – dizia – por cumprir a vontade de Deus”. Tinha 19 anos.
O segredo da sua rápida ascensão à santidade radica na sua especial devoção a Maria Imaculada, a quem se tinha consagrado já desde criança. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 29 de janeiro de 1995.
Sua data litúrgica é no dia 18 de novembro.
BEATO PIO CAMPIDELLI
Pio de São Luís (Campidelli) nasceu em 29 de abril de 1868 em Trebbio, diocese de Rimini (Itália), filho de agricultores. Tendo conhecido os Passionistas durante uma missão popular em 27 de maio de 1882, vestiu o hábito da Congregação em 30 de abril de 1884 e fez a sua profissão religiosa no Noviciado de Santa Maria del Casale.
Abraçada com fervor a austera vida passionista, distinguiu-se pela sua devoção eucarística e mariana, por uma exímia caridade fraterna e por um grande empenho no estudo. Imitador de São Luís Gonzaga e de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, nos seus sete anos de vida religiosa, foi para todos, na comunidade e fora dela, um modelo ímpar de observância regular e de alegre fidelidade na prática heroica das virtudes.
Recebidas as quatro Ordens Menores, quando se preparava para o Subdiaconato, foi afetado por uma doença grave, que o levou à morte, expirando, como que em êxtase, em 2 de novembro de 1889, no convento de Casale, oferecendo a sua jovem existência em sacrifício pela Igreja, pelo Papa e pela sua querida Romanha. O Papa João Paulo II beatificou-o em 17 de novembro de 1985.
Sua data litúrgica é no dia 03 de novembro.