Nesta sexta-feira (09/02), antes da quarta-feira de Cinzas, a Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Os Religiosos Passionistas – celebram solenemente o título da Congregação. Desejo de São Paulo da Cruz, nosso fundador, em carta de 27 de setembro de 1758, pedia a alguns religiosos para comporem o ofício da solenidade da Paixão. Foi o Pe Tomás Struzzieri quem redigiu o texto, porém uma intervenção superior na seleção de algumas partes do texto original atrasou sua celebração. O desejo manifestado pelo Papa Clemente XIV de estender este ofício a toda a Igreja fez com que se atrasasse a aprovação dos textos, o que só aconteceu aos 10 de janeiro de 1776, já depois da morte de São Paulo da Cruz.
Este ofício, tendo presente todo o Mistério da Paixão, na sua dimensão mais ampla, para dar à celebração o carácter de universalidade das dores que Cristo sofreu para cumprir a vontade do Pai, tem três finalidades: celebrar a intervenção salvífica de Deus Pai, que enviou ao mundo o seu Filho único para implementar a nossa redenção com a sua morte na Cruz; ajudar-nos a fazer contínua memória desta suprema prova de amor; impulsionar-nos ser testemunhas e cooperadores na
obra da redenção.
Sobre o Mistério Pascal
O Mistério Pascal é o centro de toda a vida cristã. Nele, a existência vem considerada em profundidade, pois tudo adquire sentido. A Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus exprimem todo o desejo de Deus para a humanidade: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10,10). “A glória de Deus é o homem vivente” (Santo Irineu). A falta de sentido que enfrentamos em nossa sociedade atual tem várias causas, e a dor que gera mais danos é aquela do vazio existencial. Se encontro metas e um porquê (Esperança) que justifique o cansaço do caminho, posso dar um significado mais profundo à vida. Considero que Jesus encontrou um sentido maior que resume toda a sua missão: combater as cruzes impostas que aniquilam a vida. Apaixonado por Deus e fiel a um projeto de vida maior (Reino), Jesus abre um horizonte de sentido que devolve a luz aos olhos dos homens de todos os tempos. (Pe. Ademir Guedes Azevedo, cp)