Neste domingo da Vida Consagrada pedimos a
intercessão de São Paulo da Cruz que nos façam
religiosos destemidos, com renovado ardor missionário,
sem medo do arrefecimento das vocações à vida
consagrada e da postura insipiente de alguns que
insistem em desmerecer os que consagram suas vidas
em prol da vida de outros, mas estejamos atentos aos
sinais dos tempos.
Sejamos mais irmãos, mais acolhedores uns dos
outros, mais sensíveis as dores que nos assolam, sejam
elas pessoais, comunitárias ou eclesiais.
Sejamos mais “bons samaritanos”, enxergando os
que estão caídos ou prostrados nos nossos caminhos, nas
nossas famílias, nas nossas casas religiosas, na nossa
Província.
Sejamos homens de empatia e compaixão,
prontos a dar razão à nossa esperança, pois se perdermos
esses elementos demasiados humanos, enfraquecemos
não apenas a razão de vivermos em comunidade, mas
despossamos da fraternidade, ofuscando o divino que
habita em nós e que nos faz diferentes daqueles que
optam por outras formas de vida.
Promovamos a verdadeira comunhão entre nós,
nas nossas Casas religiosas, na Província, na Igreja e na
Sociedade onde testemunhamos o motivo da nossa
consagração.
Sejamos, portanto, promotores da “comunhão, da
participação e da missão”, como pede o Sínodo da Igreja
e como pediu o Papa Francisco aos homens e mulheres
de vida Consagrada.
Disse ele: “A vida consagrada é especialista em
comunhão; a vida consagrada é itinerante e promotora
de fraternidade. No entanto, em nosso tempo, se
enfrenta a tentação da “sobrevivência”. Quantas vezes
vocês fazem as contas sobre quantos religiosos ou
quantas religiosas tem a minha Congregação ou as
curvas de decréscimo. É uma tentação, a da
sobrevivência. É bom renunciar ao critério dos números,
ao critério da eficácia, que poderia converter vocês em
discípulos temerosos, fechados no passado e
abandonados à nostalgia. Esta nostalgia que no fundo
são os cantos das sereias da vida religiosa.” (Papa
Francisco).
Não podemos nos enfraquecer diante do corrente
quadro da vida religiosa, nem das atuais circunstâncias
de nossa Província. Elas são reflexos do mundo atual e
devem ser motivos de nos fortalecermos ainda mais
como irmãos que acreditam que a nossa consagração
tem valido à pena. Que tudo o que fizemos, fazemos e
faremos não foi, não é e não será em vão.
Estamos em constate travessia de um mar que
nem sempre é calmaria. No entanto, que o vislumbre da
outra margem nos possibilite encontrar forças para
vencer as tempestades que vez por outra assolam nosso
barco e nos dá a sensação de que estamos perecendo.
Nossa Província é como um barco a remo. Cada
vez que um religioso deixa de remar, ou rema ao
contrário, o barco diminui a velocidade e torna mais
pesado aos que estão remando.
Sigamos firmes, pois no leme desta embarcação
está aquele que um dia nos chamou e nos enviou para a
missão. Crês isto?
Deus abençoe a todos.
Pe. Leudes Aparecido de Paula, cp
Superior Provincial
Pe. Francisco das Chagas da Silva Marques, cp
1° Consultor Provincial
Pe. Norberto Donizetti Brocardo, cp
Conselheiro Provincial
Pe. Carlos Saracini, cp
Conselheiro Provincial
Pe. Arlindo Vieira, cp
Conselheiro Provincial
Pe. José Carlos Pereira, cp
Secretário Provincial