No último domingo (07/07), o Santuário Arquidiocesano de Jesus Crucificado, em Porto das Caixas, distrito de Itaboraí–RJ, realizou I Romaria do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. O evento contou com uma programação extensa de acolhida, palestras, oração, adoração e Missas ao longo de todo o domingo. Dom Geraldo de Paula – Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Niterói – presidiu às 11h a Santa Missa, no Santuário Maior (Novo santuário) que acolheu inúmeros peregrinos. Concelebrou este momento festivo os padres: Arlindo Vieira, cp – membro do Conselho Provincial dos Passionistas; Pe. Francisco das Chagas da Silva Marques, cp – primeiro consultor do Conselho Provincial; Pe. Siro da Silva Chaves, cp; Pe. Sidinei da Silva cp – vigário Paroquial e o Diác. Valter Cavalcanti de Albuquerque, cp.
Na oportunidade foi apresentado o Pe. Siro da Silva Chaves, cp – religioso Passionista, como novo administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição e do Santuário Arquidiocesano de Jesus Crucificado.
Sobre a Festa:
A Festa do Preciosíssimo Sangue era celebrada há alguns anos por várias Igrejas no mundo inteiro. Esta celebração foi concedida aos Religiosos Passionistas no final do ano de 1773. Foi São Vicente Maria Strambi, religioso Passionista, que aprofundou e divulgou o ofício, a pedido de São Paulo da Cruz, seu fundador, e nos apresenta o Sangue de Jesus Cristo como redenção, fonte de esperança e salvação para todo o mundo: “É neste Sangue que o pecador encontra confiança para converter-se e o justo força para perseverar no bem; é em virtude deste Sangue divino que se obtém o perdão dos pecados, a vitória nas tentações, a força para vencer o demônio e os auxílios eficazes da graça para se perseverar constantes no amor de Deus até a morte.” (Do livro II mese santificato de São Vicente Maria Strambi).
A festa litúrgica é celebrada sempre no dia 01 de julho conforme o calendário da Igreja Romana. Mas foi transferida, localmente, para este dia por tão memorável graça de celebrar solenemente, na liturgia dominical, para participação maior dos peregrinos.
Sobre o suposto milagre:
Em 26 de janeiro de 1968, aproximadamente as 18h45 gotas de um líquido vermelho verteram da imagem de Jesus Crucificado na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Porto das Caixas, município de Itaboraí/RJ. O padre Carlos Guillena enxugou a pequena mancha que se formou no pedestal. Para ele, só podia ser derretimento da tinta que recobria a estátua. Afinal, o calor estava mesmo muito forte. O religioso chegou a comentar que a relíquia, datada possivelmente no séc. XVII, não duraria muito tempo. Após celebrar a missa, porém, percebeu a inquietação entre os fiéis, que testemunharam mais gotas vermelhas escorrendo da imagem.
A notícia de que a imagem de Cristo jorrava sangue se espalhou rápido a época. Jornais davam manchetes diárias sobre o fenômeno. Ondas de romeiros inundavam o pequeno aglomerado urbano, distante 60km do Rio. A fé e a credibilidade no fenômeno se fortaleceram após a divulgação de exame clínico, assinado pelo farmacêutico Enéas Heringer, confirmado quatro dias depois, que o líquido era mesmo sangue, sem, no entanto, definir a tipagem.
A própria história da imagem de Jesus Crucificado – de 1, 30cm fixada na cruz de 2 metros – é surpreendente. Não se sabe quem a escupiu. Mas, embora confeccionada com material frágil como cartão pierre, semelhante ao papelão revestido em gesso, persiste por mais de três séculos. Em, 1670, segundo registros no Santuário, relatos já se ouvia de sua existência no Convento São Boa Ventura dos Franciscanos, em Itaboraí, o mesmo em que São Frei Galvão fez o noviciado, em 1760. Conta-se que um dia, sem o que comer, o superior da ordem teria se ajoelhado aos pés do crucificado e clamado por ajuda. O socorro veio rápido: alguém teria batido à porta, logo em seguida trazendo comida.
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Cl. Luiz Carlos Rodrigues da Silva, cp – Assessoria para comunicação